Obesidade

A obesidade é um dos fatores de risco mais graves para o surgimento de doenças cardiovasculares, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Normalmente, os excessos da alimentação unidos à falta de exercícios físicos são a causa desse problema. Porém, é importante citar que outros elementos podem influenciar ou agravar o quadro, como tendências genéticas, distúrbios neurológicos, psicológicos ou do metabolismo

Dietas ricas em gorduras saturadas, como as encontradas em alimentos de origem animal, podem aumentar os níveis de gordura no sangue, desregulando o colesterol, o que se torna mais um agravante, pois causa o acúmulo de placas de gordura nas artérias que, com isso, tornam-se mais rígidas e estreitas. Isso diminui o fornecimento de sangue para os órgãos de todo o corpo e pode causar uma doença cardiovascular conhecida como aterosclerose.

As células dos vasos sanguíneos, pressionadas pelas placas de gordura, podem desencadear uma reação inflamatória e aumentar as chances do rompimento dos vasos. Caso se rompam, alguns coágulos se formam e podem obstruir importantes artérias – como as que irrigam o coração –, gerando o infarto do miocárdio, o que pode levar à morte.

Tudo isso, pode ser ocasionado somente pelo excesso de peso. Quando um indivíduo é diagnosticado num quadro de Obesidade, normalmente sua pressão arterial também costuma ser mais alta que o recomendado, além de ter maior propensão a desenvolver a diabete. Por isso, é preciso manter sempre atualizados os exames de controle glicêmico, cardíacos e medir periodicamente a pressão.

O tratamento de combate à obesidade vai depender primeiro, e principalmente, da determinação pessoal do paciente. Este deve diminuir a ingestão de calorias (de modo que seja menor que o gasto) e aumentar a frequência de exercícios físicos, sempre de acordo com as orientações médicas, assumindo a responsabilidade da mudança de hábitos de vida em prol da própria saúde.

 Dr. André Gasparoto, Cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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