5 atitudes importantes para quem tem AR

Olá pessoal , já a alguns anos eu estou na luta contra a artrite reumatoide, infelizmente não há cura, mais vou deixar alguma dias matérias sobre o assunto.

Eu descobri a doença a uns 3 anos mais tenho ela há muitos anos, mas quando engordei , a situação piorou muito, pois fiquei muito pesada e comecei a sentir dores insuportáveis e muita dificuldade para andar, lavar louça, estender roupas, as tarefas mais simples eram muito difíceis de executa-las.

Mas com o tratamento certo da para viver, apesar que hoje estou com muita dor, o digitar também requer muito esforço...

5 atitudes importantes para quem tem AR

Só quem tem artrite reumatoide sabe o quanto é importante adaptar algumas atividades rotineiras às novas necessidades do corpo – maneira eficaz de driblar as dores e limitações provocadas. Pensando em facilitar e melhorar a sua vida, a reumatologista Licia Maria Henrique da Mota, de Brasília, coordenadora da comissão de artrite reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia, listou cinco ações simples de colocar em prática, mas que fazem uma baita diferença. São elas:

1. Informe-se sobre a artrite reumatoide. Saber sobre sua condição de saúde é fundamental para entender que é perfeitamente possível conviver com a AR sem precisar deixar de fazer o que lhe dá prazer. “Além disso, você fica por dentro das inovações tecnológicas que favorecem sua qualidade de vida e se sente até mais estimulada a conversar com o seu médico antes de acreditar e investir em tratamentos alternativos que prometem milagres, mas não têm qualquer comprovação científica e podem prejudicá-la”, diz a reumatologista.

2. Siga à risca as recomendações médicas. Apesar de parecer uma dica óbvia, tem muita gente que dá de ombros a ela. Péssimo hábito. “Uma vez que a artrite reumatoide não tem cura, é essencial usar corretamente os medicamentos prescritos. Só assim para ter uma considerável melhora dos sintomas”, afirma Licia Maria. O mesmo cuidado vale com as consultas e os exames, que devem ser feitos regularmente para adequar os cuidados às suas necessidades. Afinal, a quantidade e as doses das medicações variam de acordo com cada caso.

3. Pratique atividade física. Embora em certos casos inicialmente seja indicado fazer repouso, quem tem AR não só pode como deve se exercitar. “As atividades não podem ser exaustivas nem causar impacto, como a corrida. Elas devem ser adaptadas às necessidades da pessoa e sempre orientadas por um médico, fisioterapeuta ou educador físico para realmente trazer benefícios, como alívio dos desconfortos e combate às limitações de movimentos das juntas”, esclarece a médica.

4. Mantenha uma alimentação saudável. Isso inclui maneirar no sal e na gordura, que aumentam os riscos de doença cardiovascular, como infarto, que já são naturalmente altos em quem tem artrite reumatoide. “Por outro lado, capriche na ingestão de cálcio, encontrado no leite e seus derivados. Lembrando que o paciente com artrite reumatoide tem mais chance de ter osteoporose”, lembra a reumatologista.

5. Fique longe do cigarro e de quem fuma. As substâncias presentes na fumaça podem desencadear a artrite reumatoide em pessoas com predisposição a ela e agravar o quadro de quem já a tem.

O emocional na artrite reumatoide

Ninguém está livre de passar por dificuldades em algum momento da vida. Mas o modo como encaramos essas situações pode fazer toda a diferença – seja no trabalho, na vida a dois ou mesmo na saúde. Claro que com dor e indisposição nem sempre é fácil manter o bom humor, mas como já dizia o ditado: “Rir é o melhor remédio”! Uma boa risada relaxa a musculatura, dá uma sensação de bem-estar, e melhora a imunidade. “Existe, sem dúvida alguma, uma grande inter-relação entre o estado emocional e o sistema imunológico. Todo mundo já observou a facilidade como pegamos infecções simples quando estamos mais estressados ou mais deprimidos”, observa Ari Stiel Radu Halpern, médico reumatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. 

Convivendo com a AR

“A artrite reumatoide é autoimune e se manifesta por um quadro progressivo e crônico de dor e inchaço das articulações. Pode afetar qualquer articulação, inclusive as articulações dos dedos de mãos e pés, punhos, cotovelos, ombros, joelhos etc. Tipicamente, a dor e o inchaço das articulações são piores ao acordar, melhorando com a movimentação. Além disso, a AR costuma provocar sintomas gerais como fraqueza e mal-estar, além de poder, menos frequentemente, acometer o pulmão, olho e outros órgãos”, explica Halpern. 

O convívio com ela requer diversas adaptações, mas com os cuidados necessários é possível manter a qualidade de vida. Uma alimentação equilibrada e exercícios físicos ou fisioterapia ajudam a manter o corpo saudável e diminuem a dor. Visitar regularmente o reumatologista e tomar os medicamentos corretamente também é fundamental. Da mesma forma, cuidar das emoções faz parte de uma vida mais saudável. 

Mantenha a alegria de viver

“Atitude positiva ajuda o paciente a lidar com seu quadro e, principalmente, a aderir corretamente ao tratamento. Nós sabemos hoje que a boa adesão aos procedimentos é o principal fator prognóstico. Ou seja, pacientes que fazem acompanhamento regular, tomam corretamente suas medicações, praticam exercícios e praticam atitude positiva têm baixa incidência de complicações. Já os que têm tendência a negar a existência da situação e a usar irregularmente a medicação acabam desenvolvendo sequelas frequentes”, afirma o médico.

Não tenha vergonha de pedir ajuda

“O diagnóstico de uma doença crônica como a artrite reumatoide, que necessita de cuidados e acompanhamento regular, sempre traz consigo um impacto psicológico considerável sobre o paciente” pondera o especialista.

Então, se você perceber que não consegue segurar a barra sozinha, não demore a procurar ajuda. “O acompanhamento psicológico é uma parte fundamental para conseguir o objetivo maior de todo tratamento, ou seja, a melhora na qualidade de vida do paciente”, diz ele.